terça-feira, 31 de agosto de 2010

Bispo faz referência ao aborto publicamente

“Adoro falar sobre aborto, planejamento familiar. Não é pra contrariar a Igreja Católica, mas pra ajudar as pessoas…” assim fala no vídeo o Bispo Edir Macedo, líder máximo da Igreja Universal do Reino de Deus, tocando em um assunto delicado no Brasil.

Segundo a Wikipédia um aborto ou interrupção da gravidez é a remoção ou expulsão prematura de um embrião ou feto do útero, resultando na sua morte ou sendo por esta causada. Isto pode ocorrer de forma espontânea ou artificial, provocando-se o fim da gestação, e conseqüentemente o fim da vida do feto, mediante técnicas médicas, cirúrgicas entre outras.

No Brasil o aborto é tipificado como crime contra a vida pelo Código Penal Brasileiro, prevendo detenção de 1 a 10 anos, de acordo com a situação.

O artigo 128 do Código Penal dispõe que não se pune o crime de aborto nas seguintes hipóteses: Quando não há outro meio para salvar a vida da mãe; Quando a gravidez resulta de estupro.

Em ano de Eleição, a polêmica do aborto e casamento homossexual também gera promessas de candidatos aos cristãos, como no caso de Dilma Rousseff que escreveu uma “Carta aberta ao povo de Deus” onde empurra para o Congresso Nacional a responsabilidade sobre estas questões.

“Se o homem gerar cem filhos, e viver muitos anos, e os dias dos seus anos forem muitos, e se a sua alma não se fartar do bem, e além disso não tiver sepultura, digo que um aborto é melhor do que ele.” Eclesiastes 6:3, embasado neste versículo o Bispo Macedo fala sobre seu apoio ao aborto, e diz ser o aborto uma questão de inteligência, de razão e não de fé.

“Eu sou a favor do aborto sim, e digo isso em alto e bom som, e se eu estou pecando, eu cometo este pecado consciente, si!” diz o Bispo.

No vídeo, Bispo Macedo fala sobre sua opinião e em momento algum fala sobre seu apoio ao aborto como sendo regra da Igreja Universal e de seus membros.

fonte: gospel prime

sábado, 28 de agosto de 2010

A Igreja Luterana dá boas vindas a pastores gays e a liberdade

A Igreja Evangélica Luterana da América (ELCA) recebeu diversos pastores homossexuais em cerimônia no domingo (25). A confraternização em São Francisco foi a primeira de uma série que vai acontecer em diversos pontos dos EUA.

Em agosto a Igreja votou pela liberação de pastores gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros. Os pastores devem manter relacionamentos estáveis e não precisam ser celibatários. No domingo, sete desses novos pastores foram recebidos em uma cerimônia especial na Catedral de S. Mark, em São Fancisco, Califórnia.

Os reverendos John Fryckman e James DeLange, ambos heterossexuais, foram pioneiros na luta pela modificação das regras da igreja. Dois dos novos pastores assumidamente gays já serviam na igreja de São Francisco sob os cuidados deles. Eles consideraram a cerimônia de domingo uma vitória.

No Brasil a ELCA não tem nenhum representante. A Igreja Evangélica de Confissão Luterana no Brasil (IECLB)mantém um tipo de parceria e intercâmbio com a ECLA, mas não se pronunciou oficialmente sobre o ministério de homossexuais. O Pastor Victor Linn falou conosco por telefone e explicou que cada “vertente” da Igreja Evangélica Luterana tem uma prática individual, e que a IECLB tem diversos documentos que discutem a questão, mas que nenhum deles é conclusivo.

No começo de julho, líderes da Igreja Presbiteriana dos Estados Unidos também votaram a favor de mudanças em sua política. Ainda não é uma decisão confirmada, pois tem que passar pelo crivo de delegados regionais, mas as chances são grandes. Caso seja aprovada, a Presbyterian Church seria a maior vertente cristã nos EUA a admitirem clérigos homossexuais.


fonte: noticiasgospel

A religiosidade é um componente genético do Ser Humano

Nicholas Wade, repórter especializado em ciência do New York Times, juntou religião e as idéias evolutivas de Darwin – duas coisas aparentemente opostas. Em seu livro: The Faith Instinct (O Instinto de Fé, sem edição no Brasil), defende que a religiosidade é um comportamento universal humano, presente em todas as sociedades, e provavelmente moldada pela seleção natural em milhares de anos. Para ele, todos nós temos um instinto religioso, que nos faz querer ter fé.

A relação do repórter com a religiosidade começou no Eton College, no condado inglês de Buckingham. Fundada pelo rei da Inglaterra Henrique VI, a escola manteve seu currículo quase intacto ao longo dos mais de 500 anos que separam sua fundação, em 1440, do ingresso de Nicholas Wade, durante o colegial. Devido à grade secular, ele aprendeu latim e grego, estudou diversas religiões e frequentava a igreja duas vezes ao dia, exceto aos domingos. “Eu acho que essa familiaridade com os hinos e com a liturgia da Igreja da Inglaterra me fez apreciar a religião e me ajudou a entender porque ela tem sido uma força tão poderosa ao longo da história”, diz Wade.

Em seu livro, ele reúne citações de antropólogos, sociólogos, economistas, historiadores, psicólogos, teólogos para mostrar ao mundo com quanto de fé se constrói um homem. Nicholas Wade conversou conosco sobre seu livro – que é de ciência, segundo ele. “Enquanto a base genética para o comportamento religioso existir, as pessoas estarão inclinadas em relação à religião”, ele destaca. Confira a entrevista

Seu livro é um livro religioso ou um livro de ciência?
Olho para a religião a partir da perspectiva da ciência e, mais especificamente, da teoria da evolução. Portanto, é um livro de ciência – um livro de ciência sobre a religião.

Há quanto tempo o homem é religioso?
Toda sociedade humana conhecida tem alguma forma de religião. Desde que a religião é como um comportamento distintivo, é altamente improvável que cada sociedade tenha desenvolvido sua religião de forma independente. Religião deve ter sido um dos comportamentos que as sociedades humanas herdaram da população ancestral antes que estas se dispersassem por todo o globo. Como a dispersão da população humana moderna ocorreu há cerca de 50 mil anos, a religião deve existir há pelo menos esse tempo.

E quando ela teve início?
Ninguém sabe. Os rituais religiosos, com base em danças e cantos sem palavras, poderiam ter existido antes mesmo da linguagem. Mas a data em que a linguagem evoluiu também é desconhecida, só se sabe que foi depois de nos separarmos dos chimpanzés, há 5 milhões de anos, e antes da dispersão da população humana moderna, há 50 mil anos.

As religiões podem estar conectadas em um ponto de origem comum?
A população ancestral humana era muito pequena, houve um ponto em que não éramos mais de 5.000 pessoas. Pode ser que, nesta época, existisse uma religião única, a partir da qual todas as religiões de hoje são descendentes.

E por que isso é importante?
Novas religiões são formadas quando uma seita se separa de uma religião-mãe, e isso significa que, em um princípio, todas as religiões do mundo podem estar postas em uma única árvore de descendência. Isto é importante porque mostra a unidade da religião. Também nos ensina a olhar para as ligações históricas entre as religiões, que os autores religiosos podem ter tido o cuidado de ocultar. O Islã, por exemplo, pode ter raízes profundas no cristianismo, mas não é evidente.

A religiosidade trouxe benefícios à evolução dos seres humanos?
A religião resolveu, de forma muito eficiente, um problema difícil: como o nosso cérebro cresceu, cada indivíduo pode calcular melhor o seu próprio interesse e colocá-lo à frente do interesse do grupo. Mas uma sociedade em que todos colocam seu próprio interesse em primeiro plano se fragmentará brevemente.

A religião era uma maneira de dar coesão ao grupo. Com cânticos e rituais, fez com que todos se comprometessem com as regras, que foram criadas para promover comportamentos que ajudariam o grupo. Este compromisso não foi uma promessa ou uma intenção consciente. O compromisso criado pela religião é profundo, emocional, e muito mais difícil de ser ignorado. Grupos ligados à religião tiveram um forte tecido social, e seus membros estavam mais dispostos a defendê-los, mesmo a sacrificar suas próprias vidas na batalha por aquela religião.

E como a seleção natural está ligada a isso?
Os primeiros humanos eram bastante territoriais e agressivos. Nesta circunstância, a seleção natural teria favorecido os grupos mais religiosos, uma vez que tinham um grupo mais coeso, mais unido, e conseguiram prevalecer mais vezes contra os seus inimigos. Por fim, os genes para os comportamentos religiosos se tornaram universais na população humana inicial.

Essa teoria da seleção natural vem sido criticada por muitos cientistas
Os seres humanos são animais altamente sociais, e sua sociabilidade deve ter evoluído de alguma forma. Mas a sociabilidade – o que significa colocar os interesses da sociedade à frente do próprio interesse – constitui um sério desafio para a teoria evolutiva, uma vez que qualquer esforço para ajudar outras pessoas prejudica os esforços para resolver as próprias necessidades.

fonte: Revista Galileu / Gospel Prime

Convenção Geral da Assembléia de Deus Ministério do Jordão - ADMJ





A Convenção da ADMJ foi uma maravilha do Senhor Jesus, Deus fez milagres e maravilhas na vida daqueles que acredita no poder de Deus.

Pastores presentes Ariel Carvalho, Marcos Paulo, Nilviano Sá, Pedro Farias e Robson Marcelo e as Pastoras Noeme Queiroz e Marisa Lopes.

Deus tem abençoado esse ministerio, crescido de forma sobrenatural.
No primeiro dia o culto foi de abertura dos trabalhos, reconhecimento de agendas e a mensagem discursiva do Presidente Nacional. Logo as oportunidades no culto louvor e adoração a Deus, mensagem pelo Pr. Pedro Farias.

Foto: ADMJ imagens direitos reservados

Segundo dia foi ainda melhor todos ali naquele lugar estão cheio do Espírito Santo de Deus, a festa preparada pro Senhor Jesus foi ainda melhor.


Foto: ADMJ imagens direitos reservados
No terceiro dia pela manhã palestra e um almoço de confraternização, com todos os irmãos e amigos.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Caio Fábio desce o sarrafo nos Novos Evangélicos” da revista Época

A reportagem “Os novos evangélicos” que foi matéria de capa da Revista Época do mês de Agosto, tem gerado muita polêmica no meio evangélico, quem sabe era esta a intenção, porque venderam e ainda venderão muitos exemplares para os “crentes”.

Muitos blogueiros e expoentes evangélicos já se pronunciaram sobre a matéria, agora chegou à vez do Pr. Caio Fábio dar sua opinião sobre a “Nova Reforma Protestante” proposta pela revista.

No começo do vídeo Caio Fábio já fala que não existe nada de novo na matéria.

“Com Exceção de alguns anônimos aqui, o resto é todo mundo da antiga e que ta ai, São os novos reclamantes! Não novos protestantes – é um pessoal que só fala e não faz nada”, diz ele.

“Olha bem meus irmãozinhos que estão na Revista Época, vocês são uns BUNDÕES!, só servem de bula papal dá Época, na hora de colocar a cara pra fora e apanhar, frouxos! Eu ainda estou aguardando a conversão de vocês ao Evangelho” continua o pastor.

“É com vocês que eu estou falando mesmo, querem que eu diga o nome? é com vocês que estou falando! Não deveriam aceitar este negócio de “Novos Evangélicos“, são todos uns meninões, precisam andar de calça plástica”

Caio termina dizendo; “Quem não conhece, pensa que é algo novo que está acontecendo!”

fonte: gospel prime

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Choque de cultura ou violência religiosa

Doze charges, dez delas com caricaturas do profeta Maomé, publicadas num pequeno jornal em um país igualmente pequeno e, em geral, distante de encrencas internacionais, colocaram o mundo islâmico em clima de guerra santa. A histérica reação diplomática dos países muçulmanos, os boicotes econômicos, as multidões enfurecidas e as ameaças de morte dos terroristas mostraram que o fosso de valores, idéias e hábitos entre o mundo islâmico e o Ocidente se aprofundou perigosamente. Dada a dimensão geográfica e humana das partes e em vista das diferenças radicais, vem à mente a famosa metáfora proferida por Winston Churchill quando ele viu o império soviético se agigantar e alienar o resto do mundo. Churchill disse que uma "cortina de ferro" havia descido sobre a Europa. Desde a Guerra Fria não se via com tanta clareza a existência de dois mundos crescentemente hostis e que, rapidamente, esquecem o muito que têm em comum exacerbando o pouco, mas fundamental, que os separa. É um sinal dos tempos – e também um paradoxo. O abismo se torna mais intransponível exatamente em um mundo interligado por comunicações instantâneas e pela intensificação do comércio global. Por que, com tantas condições favoráveis, o diálogo está se tornando impossível?

A resposta mais simples e correta – ainda que não explique tudo – é que o fanatismo diminui as chances de diálogo. O convívio poderia ser harmonioso e mutuamente enriquecedor não fosse o fato de que o poder crescente dos fanáticos esmaga aqueles mais moderados e transigentes. O caso das charges é exemplar por ter colocado em foco alguns dos mais agudos pontos de ruptura entre o Ocidente e o Islã: liberdade de expressão, direitos humanos e o que o jornalista dinamarquês Flemming Rose chamou de "choque de civilizações" entre as democracias seculares e as sociedades islâmicas. Rose, editor de cultura do Jyllands-Posten, o jornal dinamarquês que publicou as charges cinco meses atrás, diz que a crise atual é sobretudo "sobre a questão da integração e sobre se a religião do Islã é ou não compatível com uma sociedade moderna e secular". A idéia de um choque de civilizações não é nova. A expressão foi colocada em evidência pelo americano Samuel P. Huntington, professor de Harvard, num artigo que levou esse título na revista Foreign Affairs, em 1993, e que depois foi ampliado e publicado como livro. Sua opinião é a de que, passados os conflitos causados por interesses divergentes entre Estados-nações, as guerras do futuro seriam travadas entre grandes unidades conhecidas como culturas ou civilizações, cada uma delas constituída de grupos de países. Ele errou no atacado – a ponto de colocar a América Latina como uma cultura à parte do Ocidente e, dessa forma, um inimigo em potencial –, mas apontou com clareza para os indícios de que se ampliava o fosso entre as democracias ocidentais e o mundo islâmico.

EM NOME DE MAOMÉ
A bandeira dinamarquesa é queimada no Paquistão, à esquerda, e usada como tapete na Cisjordânia. Ataque ao escritório da União Européia em Gaza

Quem julgasse só pelas manchetes dos jornais na semana passada poderia pensar que um choque amplo entre o Islã e o Ocidente já começou ou é iminente. Os terroristas da Al Qaeda apareceram na televisão com ameaças de novos atentados em sua jihad contra os "cruzados" e judeus. O Hamas, movimento islâmico conhecido por seus homens-bomba, ganhou as eleições nos territórios palestinos. O mundo tentava encontrar uma forma de conter o Irã e seu presidente-bomba, que ameaça desenvolver um arsenal nuclear. Para o Ocidente, capitaneado por Estados Unidos e Europa, a possibilidade de o Irã, uma teocracia islâmica, ter um arsenal nuclear é o pior dos mundos. O terceiro foco de tensão foi a crise internacional iniciada por um motivo banal – as charges de Maomé – e que mostrou a imensidão das diferenças culturais entre o Ocidente e o mundo islâmico. No ano passado, o jornal dinamarquês Jyllands-Posten soube das dificuldades de um escritor, que queria ilustrar seu livro com desenhos do profeta Maomé, mas não encontrava artista disposto a se arriscar a sofrer as represálias muçulmanas. O jornal então convidou desenhistas a enviar charges sobre Maomé e publicou uma dúzia das que recebeu.

A reação muçulmana foi tomando impulso até atingir seu grau extremo na semana passada. Duas dezenas de países árabes exigiram desculpas públicas do governo dinamarquês e a punição dos responsáveis pelas ilustrações. Um boicote tirou os produtos dinamarqueses – laticínios de excelente qualidade – das gôndolas em todos os países muçulmanos. Na Faixa de Gaza, pistoleiros ampliaram o protesto invadindo o escritório da União Européia e vandalizando a missão francesa. Cidadãos escandinavos foram retirados às pressas da região para não ser mortos. Logo a fúria das ruas muçulmanas se virou contra o espantalho de sempre, Israel e o Ocidente em geral. Os muçulmanos estão incomodados com o fato de as feições de Maomé terem sido desenhadas – o que a tradição islâmica proíbe – e por várias charges mostrarem o profeta como um terrorista. É compreensível que reclamem, mas o tom de guerra santa vai além do que seria razoável. No momento em que um diplomata árabe exige que o Estado dinamarquês puna jornalistas pelo crime de "blasfêmia", o fosso entre os dois mundos se torna transparente.

CHARGES DA DISCÓRDIA
As três charges fazem parte da série do jornal dinamarquês Jyllands-Posten que provocou revolta no mundo islâmico, por fazer piada com Maomé. Primeira página do jornal francês France Soir, cujo editor foi demitido, com a manchete: "Sim, temos o direito de caricaturar Deus"
A disputa sobre as charges de Maomé faz parte de uma série de confrontos culturais similares entre o Islã e o Ocidente, começando pela sentença de morte decretada pelo aiatolá Ruhollah Khomeini contra o escritor britânico Salman Rushdie, cujo livro Os Versos Satânicos o líder espiritual do Irã considerou "blasfêmia" em 1989. Em 2004, o cineasta holandês Theo van Gogh foi assassinado a tiros e facadas por um jovem muçulmano ofendido com seu filme Submissão, que critica o tratamento dado às mulheres nas sociedades islâmicas. Esses crimes em nome do Islã são, obviamente, obra de fanáticos, mesmo quando ocupam altos cargos em Estados islâmicos. Desde os ataques terroristas a Nova York de 11 de setembro de 2001, um esforço enorme é feito por muçulmanos e não-muçulmanos para separar o fanatismo de Osama bin Laden da fé moderada e pacífica da maioria dos muçulmanos. A reação extremada diante das charges de Maomé faz o contrário, reforçando o estereótipo negativo dos muçulmanos.

O ponto crítico desse relacionamento difícil está na Europa, onde vivem 15 milhões de muçulmanos. Essa migração rompeu a fronteira entre a cristandade e o Islã, que permanecerá estanque por séculos. "Os muçulmanos têm mais dificuldade de se integrar e de aceitar alguns costumes do Ocidente do que outras populações porque vivem de acordo com um conjunto de valores muito rígidos e tendem a se isolar", disse a VEJA o historiador dinamarquês Ulf Hedetoft, da Academia para Estudos de Migração de Aalborg, na Dinamarca. Há vários outros pontos de confronto. A invasão do Iraque pelos Estados Unidos parece feita sob medida para reforçar o sentimento generalizado entre os muçulmanos de que o mundo os persegue.

EXPULSÃO DA TERRA PROMETIDA
Colona judia resiste à investida da polícia israelense na desocupação de assentamento na Cisjordânia: eles crêem que a terra foi presente divino

A disputa sobre as charges dominou a "blogosfera", o ativo e opiniático universo dos blogs na internet. Ali, sem medo e sem censura, a hostilidade latente se manifestou de forma crua. Mike Tidmus, da Holanda, escreveu: "O incidente torna claro que não há lugar para o Islã na Europa se ele não puder conviver com a liberdade. Os muçulmanos poderiam ser aconselhados a voltar para seus reinos de areia, cheios de petróleo, e continuar a matar uns aos outros e a odiar os judeus, os excessos da civilização ocidental, as mulheres e os gays". Boa parte da incompatibilidade do mundo muçulmano com o Ocidente moderno se explica pela noção de que no Islã político não deve haver separação entre vida pública e vida privada, entre religião e política. O diálogo fica difícil com quem se recusa a aceitar que as escolhas humanas possam estar acima das leis que considera emanadas por seu deus. "Não se pode chegar a um acordo com os fundamentalistas justamente porque, por definição, eles acreditam seguir os escritos sagrados ao pé da letra", disse a VEJA o muçulmano Qamar ul Huda, historiador do Instituto da Paz dos Estados Unidos. "É isso que torna o choque com o Ocidente inevitável."

CINEASTA ASSASSINADO
O diretor de cinema holandês Theo van Gogh, foi morto por um fanático muçulmano por criticar o tratamento dado às mulheres islâmicas em seu filme Submissão.

A civilização ocidental assenta-se sobre valores hoje estranhos ao mundo medieval dos fundamentalistas – tanto os muçulmanos quanto os cristãos. Basta um dado. Quatro em cada dez americanos rejeitam as teorias evolucionistas de Charles Darwin. Eles rejeitam a ciência em um assunto científico, preferindo aceitar a tese bíblica de que Deus criou todos os seres vivos. Isso é treva. Mas não se tem notícia de que os adeptos do criacionismo preguem a morte dos que aceitam o evolucionismo darwinista. Do lado islâmico ela é mais espessa ainda. Os fundamentalistas muçulmanos confundem opinião com ação. Isso os leva a agredir e pedir a morte de pessoas que simplesmente discordam deles mesmo que o agravo seja apenas de opinião. John Stuart Mill (1806-1873), o grande pensador liberal inglês, definiu com cristalina clareza a fronteira entre opinião e ação. A primeira deve ser tolerada por mais agressiva que seja – e só coibida quando for um incentivo direto e circunstancial à ação violenta.

NÃO À SAIA CURTA
Os mulás lançaram uma fatwa contra as saias da tenista indiana Sania Mirza

O fanatismo religioso não é patrimônio do Islã. Na semana passada, a polícia israelense precisou usar a força para expulsar colonos judeus de um assentamento na Cisjordânia, um dos territórios ocupados na guerra de 1967. Eles resistiram, convictos de que a ocupação obedece à vontade de Deus. São grupos que podem odiar o alcance global da cultura laica dominante em seus países, mas só muito raramente isso se traduz em violência revolucionária. O Ocidente olha para o mundo muçulmano com desconfiança. Teme suas encrencas, suas mulheres cobertas de véus e seus homens-bombas. O mundo muçulmano tem sido contaminado, nas últimas décadas, por uma versão fantasiosa do mundo desenvolvido, divulgada pelos mulás nas mesquitas: um lugar eficiente, mas sem Deus e, portanto, sem alma. Não há nenhuma razão insuperável pela qual muçulmanos e ocidentais não possam conviver pacificamente. Isso exigiria que cada parte examinasse suas idéias sobre a outra. Em especial, contudo, os muçulmanos precisariam encontrar um jeito de se ajustar à vida moderna.

Fonte: veja.com

domingo, 15 de agosto de 2010

Na America ateus estão investindo em propaganda contra Religião

“Obviamente, há muitas razões para rejeitar a religião, a maioria delas intelectual,” disse Dan Barker, co-presidente da FFRF. “Mas encare-a – um dos benefícios imediatos ao parar de ir à igreja, além de obter um aumento de 10 por cento, porque você pode parar com o dízimo, é começar a dormir aos domingos! O que o mundo realmente precisa é de um bom sono.”

A Freedom From Religion Foundation (FFRF) terá 20 outdoors colocados em toda a área de Tampa e São Petersburgo, na Flórida, este mês.

Quatro anúncios diferentes estão sendo apresentados, incluindo “Dormir aos Domingos,” “Imagine nenhuma religião,” “Deus e o Governo: uma mistura perigosa,” e “Na Razão Nós Confiamos” – que é a mais recente mensagem do grupo.

Algumas das mensagens são projetados com uma estampa vitral.

“Queremos que os nossos outdoors sejam atraentes, e uma vez que nossas mensagens sejam controversas, os livres-pensadores amarão os vitrais tanto quanto os religiosos,” disse a Co-Presidente da FFRF, Annie Laurie Gaylor, em um comunicado. “Mas nós também gostaríamos decriar um pouco de dissonância cognitiva. Haveria algo se você visse esta mensagem: “Imagine nenhuma religião” ou “Dormir aos domingos,” em uma Igreja?”

Retomado em 1978, descreve-se como a FFRF, uma associação de livres-pensadores, inclusive os ateus, agnósticos e céticos. “O Madison,” grupo de Wisconsin tem créditos de mais de 15.500 membros em todo o país.

Gaylor salientou que os não-religiosos são o maior segmento crescente da vertente da população identificada como religiosa nos Estados Unidos. A popularmente citada Pesquisa de 2008 de Identificação de Religiosos Americanos (2008 American Religious Identification Survey) revelou que a porcentagem dos norte-americanos afirmando não ter religião saltaram de 8,2 por cento em 1990 para 15 por cento.

Embora muitos não frequentem serviços religiosos, mais da metade (56 por cento) dos norte-americanos acreditam em Deus e não são religiosos e 49 por cento oram, regularmente, de acordo com o sociólogo RE Bradley Wright.

Ainda assim, FFRF quer enviar a mensagem de que nem todos os norte-americanos acreditam em Deus ou seguem uma religião.

“Se todas as pessoas veêm se é religião, ela ganha por omissão,” disse Gaylor, conforme relatado pelo jornal St. Petersburg Times.

FFRF começou campanhas em cartazes em outubro de 2007 e até agora tem colocado as suas mensagens em 25 estados. Esta é a primeira vez que o grupo está fazendo publicidade na Flórida.

fonte: gospelprime

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Pastor Marco Feliciano explica sua frase “Nunca me rebaixaria a ser político”

“Existe ex-político, não ex-pastor” diz o Pastor Marco Feliciano no vídeo em que fala sobre os motivos de sua candidatura e sobre a já famosa frase “Nunca me rebaixarei a ser um político”.

No ano de 2005 em plena ascensão como pregador do Evangelho, Marco Feliciano era um dos convidados para ministrar no 21º Gideões Missionários da Última Hora, congresso este que é realizado na cidade de Camboriú em Santa Catarina pela Assembleia de Deus, que visa arrecadar ajuda financeira para sustentar missionários no Brasil e no Mundo. Neste congresso em umas de suas ministrações soltou a pérola “Nunca me rebaixarei a ser um político”.

Pr. Marco que concedeu entrevista exclusiva ao portal gospel prime, falando sobre sua candidatura a Deputado Federal e o que a Igreja no Brasil poderia esperar sobre sua eleição, publicou hoje no youtube, um vídeo retratando a frase dita em sua pregação.

“Eu era um jovem pregador, pregando no maior evento pentecostal do Brasil, eu queria mostrar serviço!”,

“Fui imaturo e ignorante, porque naquele momento eu vinha em ascensão ministerial e as Assembleias de Deus tinham aversão à política”

“Alguém me falou que Billy Graham havia dito isso e eu copiei” diz em seu vídeo.

O Pastor cita homens como Martin Luther King e Jimmy Carter como exemplo de cristãos que foram bem na política, também fala sobre personagens bíblicos como José e Daniel. “Jesus tinha afinidade com políticos, até porque ele foi sepultado na sepultura de José de Arimatéia, senador Romano” diz Ele.

Fala abertamente que sua frase foi um erro, e que causou mais mal do que bem ao povo de Deus no Brasil.

No final do vídeo cita algumas leis como a PLC122, que podem prejudicar as Igrejas no Brasil, e diz que está pronto para defender os interesses da Igreja.

Termina dizendo “Eu não vou calar a minha boca lá dentro, quero ser um voz profética e mostrar que é possível sim, tramitar por Brasilia e não deixar de ser pastor”.

Fonte: Gospel Prime

domingo, 8 de agosto de 2010

“A nova reforma Protestante” é a matéria de capa da Revista Época"


Ilustração de um monumento em forma de cruz A nova reforma Protestante é a matéria de capa da Revista Época

Inspirado no cristianismo primitivo e conectado à internet, um grupo crescente de religiosos critica a corrupção neopentecostal e tenta recriar o protestantismo à brasileira

Rani Rosique não é apóstolo, bispo, presbítero nem pastor. É apenas um cirurgião geral de 49 anos em Ariquemes, cidade de 80 mil habitantes do interior de Rondônia. No alpendre da casa de uma amiga professora, ele se prepara para falar. Cercado por conhecidos, vizinhos e parentes da anfitriã, por 15 minutos Rosique conversa sobre o salmo primeiro (“Bem-aventurado o homem que não anda segundo o conselho dos ímpios”). Depois, o grupo de umas 15 pessoas ora pela última vez – como já havia orado e cantado por cerca de meia hora antes – e então parte para o tradicional chá com bolachas, regado a conversa animada e íntima.

Desde que se converteu ao cristianismo evangélico, durante uma aula de inglês em Goiânia em 1969, Rosique pratica sua fé assim, em pequenos grupos de oração, comunhão e estudo da Bíblia. Com o passar do tempo, esses grupos cresceram e se multiplicaram. Hoje, são 262 espalhados por Ariquemes, reunindo cerca de 2.500 pessoas, organizadas por 11 “supervisores”, Rosique entre eles. São professores, médicos, enfermeiros, pecuaristas, nutricionistas, com uma única característica comum: são crentes mais experientes.

Apesar de jamais ter participado de uma igreja nos moldes tradicionais, Rosique é hoje uma referência entre líderes religiosos de todo o Brasil, mesmo os mais tradicionais. Recebe convites para falar sobre sua visão descomplicada de comunidade cristã, vindos de igrejas que há 20 anos não lhe responderiam um telefonema. Ele pode ser visto como um “símbolo” do período de transição que a igreja evangélica brasileira atravessa. Um tempo em que ritos, doutrinas, tradições, dogmas, jargões e hierarquias estão sob profundo processo de revisão, apontando para uma relação com o Divino muito diferente daquela divulgada nos horários pagos da TV.

Estima-se que haja cerca de 46 milhões de evangélicos no Brasil. Seu crescimento foi seis vezes maior do que a população total desde 1960, quando havia menos de 3 milhões de fiéis espalhados principalmente entre as igrejas conhecidas como históricas (batistas, luteranos, presbiterianos e metodistas). Na década de 1960, a hegemonia passou para as mãos dos pentecostais, que davam ênfase em curas e milagres nos cultos de igrejas como Assembleia de Deus, Congregação Cristã no Brasil e O Brasil Para Cristo. A grande explosão numérica evangélica deu-se na década de 1980, com o surgimento das denominações neopentecostais, como a Igreja Universal do Reino de Deus e a Renascer. Elas tiraram do pentecostalismo a rigidez de costumes e a ele adicionaram a “teologia da prosperidade” (leia o quadro abaixo). Há quem aposte que até 2020 metade dos brasileiros professará à fé evangélica.

Nos Estados Unidos, a reinvenção da igreja evangélica está em curso há tempos. A igreja Willow Creek de Chicago trabalhava sob o mote de ser “uma igreja para quem não gosta de igreja” desde o início dos anos 1970. Em São Paulo, 20 anos depois, o pastor Ed René Kivitz adotou o lema para sua Igreja Batista, no bairro da Água Branca – e a ele adicionou o complemento “e uma igreja para pessoas de quem a igreja não costuma gostar”. Kivitz é atualmente um dos mais discutidos pensadores do movimento protestante no Brasil e um dos principais críticos da“religiosidade institucionalizada”. Durante seu pronunciamento num evento para líderes religiosos no final de 2009, Kivitz afirmou: “Esta igreja que está na mídia está morrendo pela boca, então que morra. Meu compromisso é com a multidão agonizante, e não com esta igreja evangélica brasileira.”

Essa espécie de “nova reforma protestante” não é um movimento coordenado ou orquestrado por alguma liderança central. Ela é resultado de manifestações espontâneas, que mantêm a diversidade entre as várias diferenças teológicas, culturais e denominacionais de seus ideólogos. Mas alguns pontos são comuns. O maior deles é a busca pelo papel reservado à religião cristã no mundo atual. Um desafio não muito diferente do que se impõe a bancos, escolas, sistemas políticos e todas as instituições que vieram da modernidade com a credibilidade arranhada. “As instituições estão todas sub judice”, diz o teólogo Ricardo Quadros Gouveia, professor da Universidade Mackenzie de São Paulo e pastor da Igreja Presbiteriana do Bairro do Limão. “Ninguém tem dúvida de que espiritualidade é uma coisa boa ou que educação é uma coisa boa, mas as instituições que as representam estão sob suspeita.”

Uma das saídas propostas por esses pensadores é despir tanto quanto possível os ensinamentos cristãos de todo aparato institucional. Segundo eles, a igreja protestante (ao menos sua face mais espalhafatosa e conhecida) chegou ao novo milênio tão encharcada de dogmas, tradicionalismos, corrupção e misticismo quanto a Igreja Católica que Martinho Lutero tentou reformar no século XVI. “Acabamos nos perdendo no linguajar ‘evangeliquês’, no moralismo, no formalismo, e deixamos de oferecer respostas para nossa sociedade”, afirma o pastor Miguel Uchôa, da Paróquia Anglicana Espírito Santo, em Jaboatão dos Guararapes, Grande Recife. “É difícil para qualquer pessoa esclarecida conviver com tanto formalismo e tão pouco conteúdo.”

2 mil anos de reinvenção da fé cristã A nova reforma Protestante é a matéria de capa da Revista Época

Sites como Pavablog, Veshame Gospel, Irmãos.com, Púlpito Cristão, Caiofabio.netou Cristianismo Criativo fazem circular vídeos, palestras e sermões e debatem doutrinas e notícias com alto nível de ousadia e autocrítica. De um grupo de blogueiros paulistanos, surgiu a ideia da Marcha pela ética, um protesto que ocorre há dois anos dentro da Marcha para Jesus (evento organizado pela Renascer). Vestidos de preto, jovens carregam faixas com textos bíblicos e frases como “O $how tem que parar” e “Jesus não está aqui, ele está nas favelas”.

A maior parte desses blogueiros trafega entre assuntos tão diversos como teologia, política, televisão, cinema e música popular. O trânsito entre o “secular” e o “sagrado” é uma das características mais fortes desses novos evangélicos. “A espiritualidade cristã sempre teve a missão de resgatar a pessoa e fazê-la interagir e transformar a sociedade”, diz Ricardo Agreste. “Rompemos o ostracismo da igreja histórica tradicional, entramos em diálogo com a cultura e com os ícones e pensamento dessa cultura e estamos refletindo sobre tudo isso.”

Em São Paulo, o capelão Valter Ravara criou o Instituto Gênesis 1.28, uma organização que ministra cursos de conscientização ambiental em igrejas, escolas e centros comunitários. “É a proposta de Jesus, materializar o amor ao próximo no dia a dia”, afirma Ravara. “O homem sem Deus joga papel no chão? O cristão não deve jogar.” Ravara publicou em 2008 a Bíblia verde, com laminação biodegradável, papel de reflorestamento e encarte com textos sobre sustentabilidade.

“O homem sem Deus joga papel no chão? O cristão não deve jogar. É a proposta de Jesus, materializar o amor ao próximo no dia a dia” VALTER RAVARA, “ecocapelão”, criador do Instituto Gênesis 1.28 e da Bíblia verde

A então ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, escreveu o prefácio da Bíblia verde. Sua candidatura à Presidência da República angariou simpatia de blogueiros e tuiteiros, mas não o apoio formal da Assembleia de Deus, denominação a que ela pertence. A separação entre política e religião pregada por Marina é vista como um marco da nova inserção social evangélica. O vereador paulistano e evangélico Carlos Bezerra Jr. afirma que o dever do político cristão é “expressar o Reino de Deus” dentro da política. “É o oposto do que fazem as bancadas evangélicas no Congresso, que existem para conseguir facilidades para sua denominação e sustentar impérios eclesiásticos”, diz ele.

fonte: revista Época/ gospel prime