domingo, 13 de junho de 2010

Mulheres e meninas cristãs são abusadas sexualmente, quando denunciam são acusada de blasfêmia

O chefe de um vilarejo muçulmano ordenou que 250 famílias cristãs saíssem de suas casas no distrito de Khanewal, província de Punjab, disseram moradores da região.

Abdul Sattar Khan, chefe do vilarejo e outros moradores muçulmanos da região ordenaram a expulsão após moradores cristãos terem se oposto vigorosamente às agressões sexuais de muçulmanos contra as mulheres e meninas cristãs, afirmou Emmanuel Masih, um cristão representante do governo local.

A maioria dos homens cristãos do vilarejo trabalha nos campos de proprietários muçulmanos, enquanto que a maioria das mulheres e meninas cristãs trabalha como empregadas domésticas nas casas das famílias muçulmanas, disse Rasheed Masih, outro cristão do vilarejo, acrescentando que os cristãos pobres vivem em condições estarrecedoras.

Os empregadores muçulmanos têm usado suas posições de poder para, com frequência, agredir sexualmente as mulheres e meninas cristãs. “Os muçulmanos do vilarejo vieram a nós com a ordem de expulsão somente após as mulheres e meninas cristãs terem levantado um protesto”, disse Yousaf, um líder político cristão.

Os cristãos criaram a colônia quando começaram a se estabelecer na região em torno de 1950, disse Shehzad. Desde então, a migração de muçulmanos para a região deixou os cristãos como minoria entre os seis mil moradores do vilarejo, disse Emmanuel Masih. “Não há prédio de igreja ou qualquer local de culto cristão, nem cemitério para os cristãos”.

Perguntados por que não pediram ajuda à polícia local de Katcha Khoh, Emmanuel e Yousaf disseram que registrar uma queixa contra o chefe do vilarejo e contra outros muçulmanos apenas resultaria no registro de falsas acusações pela polícia, com base nos famosos estatutos de “blasfêmia” do Paquistão.

“Eles poderiam nos prender”, disse Yousaf, “e a situação seria pior para os cristãos do vilarejo que já têm uma vida deplorável que causa pena, sob a sombra do medo e da morte, uma vez que eles [os muçulmanos] não seriam presos pela polícia ou seriam logo liberados sob fiança devido a suas riquezas e influência”.

fonte: Portas abertas

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